Eliane Caffé

Eliane Caffé

Nascida em 1961, a paulista Eliane Caffé graduou-se em Psicologia na PUC e estudou dramaturgia e roteiro na Escola Internacional de Cinema e Televisão de San António de los Baños, Havana. Durante sua graduação, teve seu primeiro trabalho no cinema como assistente de direção no documentário “Strip-tease” (1988), do diretor Ivo Branco. Cursou sua pós-graduação no Instituto de Estética e Teoria das Artes na Universidade Autônoma de Madri, e após isso iniciou sua carreira como diretora nos curtas: “O Nariz” (1987), “Arabesco” (1990) e “Caligrama” (1995), sendo premiada no Brasil e no mundo. Sua temática prevalece num tom entre ficção e realidade, sempre contendo uma preocupação social.

Em 1997, realiza seu primeiro longa-metragem com título de “Kenoma”, uma história autoral, onde foi exibido na 55th Mostra La Bienale di Venezia, ganhando prêmios como “Soleil d’or”, sendo melhor filme no XX Biarritz International Film Festival, na França. “Narradores de Javé” é o título de seu segunda longa-metragem, no qual também recebeu diversos prêmios no Brasil e no exterior, de melhor filme e roteiro no Festival de Cinéma des 3 Ameriques, melhor filme no 30º International Independent Filme of Bruxelas. “Mano de Oro”, como melhor filme no Festival International de Punta Del Leste. Em 2010, lança “O sol do meio dia”, ganhando prêmio na Mostra Internacional de São Paulo. Seu quarto filme “Era o Hotel Cambridge” está previsto para janeiro de 2017, que foi resultado de um coletivo formado pelos Movimentos dos sem teto, um grupo de refugiados e 21 alunos da Escola da Cidade.

Foi diretora e co-roterista da microsérie “O louco dos viadutos” (TV Cultura e TV Sesc – 2009), coordena documentários experimentais, como “Milágrimas por nós” e “Céu sem eternidade”, além de oficinas de audiovisual em diversas zonas de conflito em São Paulo. Estreia como diretora teatral na peça “A vida que eu pedi, Adeus” de Sérgio Roveri.

* Texto por Ana Izidoro

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